segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Arezzo&Co

Hoje é dia de contar história. O era uma vez de dois homens que mergulharam de cabeça nos pés das mulheres, e com muito trabalho são considerados a sapataria mais inovadora do mundo, e aquela com maior faturamento no Brasil, senhores e senhoras eu lhes apresento a história da Arezzo&Co!

Anderson e Alexandre Birman, pai e filho, fundador e sucessor da Arezzo


O nome foi escolhido de forma aleatória, ao buscar no mapa da Itália a cidade escolhida foi Arezzo, na Toscana. E assim a marca foi fundada por Anderson em 1972, quando tinha 18 anos, com seu irmão Jeferson de 21, na cidade de Belo Horizonte, MG.

Neste começo a empresa tinha uma integração vertical, ou seja, fazia tudo na produção: desde desenhos e moldes até a fabricação de calçados masculinos, vendidos para multi marcas. Depois de alguns anos o foco voltou-se para os sapatos femininos, e com a China invadindo o mercado com produtos muito baratos, tiveram que terceirizar a produção em 200 fábricas, e assim investir seu lucro na abertura de novas lojas. E uma das estratégias para se destacar foi lançar várias coleções por ano, e assim estimular os clientes a visitar as lojas com mais frequência. 

Enquanto a Arezzo crescia, abrindo franquias em diversas regiões do país e tornando-se uma das maiores varejistas de calçados femininos, com produtos custando entre RS100 e R$250, em paralelo Alexandre (filho de Anderson) criou aos 19 anos sua própria marca de calçados, a Schutz. Ele decidiu investir em um nicho mais seleto e sofisticado, com sapatos em torno de R$300 e exportando metade da sua produção para grandes boutiques internacionais. Então, nesta época havia uma certa concorrência entre pai e filho, pelos modelos usados nos pés de milhões de mulheres. 




Os anos se passaram, e em 2007 pai e filho finalmente se reuniram. Isso aconteceu quando o fundo de investimento Tarpon comprou 25% das ações da Arezzo, com o objetivo de leva-la à bolsa. Agora tratava-se de uma companhia, a Arezzo&Co, onde tanto a Arezzo como a Schutz tinham mais chances competitivas no mercado. 

A partir daí iniciou-se uma série de estratégias de crescimento, como o lançamento novas marcas a fim de atingir públicos diferentes. Assim, em 2008 nasceu a Anacapri, novamente com nome de cidade italiana, traz um conceito mais jovem, colorido, e casual com modelos sem salto, buscando atingir as classes B e C com produtos na faixa de R$110. 

E em 2009, a grife homônima Alexandre Birman, a qual desenvolve produtos artesanais no segmento luxo, para mulheres que buscam exclusividade. Deste modo, seu público se reduz a classe A e preço médio de R$960, também pode ser encontrada em grandes pontos de venda do exterior, ao lado de grifes como Christian Louboutin. 




Hoje, somente a Arezzo possui um centro de inovação em Campo Bom, cidade gaúcha próxima a Porto Alegre. Lá, designers desenvolvem cerca de 1000 novos modelos de sapatos por mês, e Alexandre faz a seleção para que cheguem às lojas em torno de 170 modelos. 

Acredito que este e outros motivos, levaram Anderson a se afastar da empresa no ano passado, e passar a presidência da Arezzo&Co ao filho. Neste mesmo ano, o faturamento da empresa com suas quatro marcas foi de simplesmente, 1 bilhão de reais! o.O 
E quando questionado, Alexandre diz que não faz festa sobre os números e sucesso da empresa, e seu objetivo é ser "A Zara dos sapatos"... E aí, será que está perto?



Deixo vocês com esse maravilhoso vídeo da cadeia produtiva da marca homônima



Au revoir!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Instituto Tomie Othake

Olá pessoal, tudo certo?

Já começo me desculpando... Não me levem a mal, nem pensem que estou mudando o direcionamento deste blog e transformando-o em um roteiro de exposições, e lugares para ir. Mas essa cultura é fonte inesgotável de inspiração para a moda, design e outros universos, e certas pessoas têm sede de ver gente, ouvir música, apreciar arte, sentir a natureza... como eu :D E gosto não se discute, não é mesmo? Então é nesse ritmo que venho lhes apresentar mais um lugar bem bacana pra ir, e a exposição em cartaz por lá. 

Bom, quem anda por São Paulo e já passou pela Zona Oeste, provavelmente deve ter parado uns 2 minutos para observar este prédio, um tanto quanto fora do comum:



Modelo contemporâneo, este é um projeto do arquiteto Ruy Ohtake que abrange dois edifícios com escritórios, um centro de convenções, outro centro cultural, e com o nome da famosa artista plástica japonesa, Tomie Ohtake. Seu objetivo principal é promover a cultura, e alcançar pessoas que ainda não tem contato com este universo, através de exposições, oficinas e cursos, muitas vezes gratuitos.  

O espaço é bem grande a agradável, com design, cores e materiais diferenciados, além das diversas salas que abrangem os eventos citados acima. Também conta com uma lojinha de produtos bem peculiares, livraria e restaurante com preço $algado. hahaha




Continuando, um gostinho da exposição "Opa! Uma Alegre Revolução" resultada de um trabalho colaborativo de dois artistas japoneses, que compartilham a paixão pelo nosso país. E acho que todos concordam neste forte laço entre Japão/Brasil não é? Tudo começou com a imigração japonesa, e atualmente é aqui onde vive a maior comunidade japonesa fora de seu país natal. Muitos brasileiros também vivem lá, e vemos constantemente as influências nipônicas em nosso cotidiano, seja na alimentação, arte, cultura, entre outros. 

Então de um lado temos o artista plástico Go Yayanagi, e do outro a estilista Junko Koshino, juntos misturam seus trabalhos e tentam derrubar as fronteiras entre os dois países. Assim, é possível encontrar ilustrações, figurinos, e outras obras que unem moda e arte, como os tecidos de seda estampados com as imagens dos quadros. 

Você pode visitar gratuitamente até 16 de março, de terça a domingo das 11 às 20h, gratuitamente! Vale a pena conferir!





E como diriam meus queridos Looney Tunes: That's all folks!

Xoxo

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Visual Merchandising

Olá pessoal!

Aqui vou continuar naquele tema que havia comentado há um tempo atrás, das profissões da moda! Hoje, com o visual merchandising, pra você entender no que consiste este universo e também as áreas de atuação do profissional.

Vou começar perguntando: O que você imagina ser Visual Merchandising? Conhece bem, já ouviu falar ou nem sabia o significado da palavra? haha. Se você escolheu a segunda ou terceira alternativa, não se preocupe, pois pretendo esclarecer suas dúvidas agora mesmo, com o conceito:

"O Visual Merchandising envolve toda e qualquer ação ocorrida dentro do ponto de venda, e estas comunicações devem ser de alto impacto, e principalmente, diretas". Ou seja, deve captar a atenção do consumidor no interior do local da venda, e assim estimula-lo a compra.

São funções do VM:
- Identificar as diferenças de uma loja de rua e shopping, ao projetar a loja e vitrine;
- Estudar o ambiente, para distribuir mobiliários e produtos da melhor forma possível;
- Sempre estar atento a iluminação, principalmente quando houver movimentações na loja, para que ela esteja sempre focada nos pontos corretos
- Despertar os sentidos do consumidor através da sinestesia, ou seja, uma música mais calma ou animada, e um perfume com aroma agradável, que remeta ao conceito da marca.





Sobre os produtos:
- Devem ser agrupados através da maneira escolhida pela empresa, ou definida pelo próprio profissional, para que estejam disponíveis de forma didática ao consumidor, seja por cartela de cores, tipo de peça, etc;
- Também é necessário verificar os produtos mais vendidos e aqueles "problema", a fim de destacá-los da forma correta, estimulando nos cliente a compra por impulso;
- Em lojas de departamento é importante que o produto esteja visível, disponível e acessível para os clientes, isto é, ele deve conseguir enxerga-lo, alcança-lo e encontrar o seu tamanho. Já nas demais lojas o vendedor é encarregado destas (e outras) funções;






 O Visual Merchandising também é responsável pela vitrine. Sua principal função é atrair o consumidor  para dentro da loja, então ela deve ser bem elaborada sempre de acordo com o conceito da marca também. Nela, três pontos são importantes:
- O equilíbrio, ou seja, quando a vitrine é dividida ao meio todos os elementos expostos devem estar em simetria ou assimetria;
- A unidade entre formas, cores ou temas, e isto é realizado através da repetição de um destes itens, para se formar uma harmonia;
- O ritmo que relaciona formas, linhas e cores, as quais combinadas da forma correta podem dar movimento e dinamismo à vitrine.
Outro elemento importante na vitrine é o preço dos produtos, e este deve estar correto, caso contrário a peça deve ser vendida no valor exposto na vitrine.




E a montagem dos looks, tanto na vitrine quanto nos manequins expostos no interior da loja, também deve ser bem planejada para não resultar em uma poluição visual. Mistura de estampas diferentes costuma ser algo perigoso, e colocar um look de regata e shorts ao lado de outro com casaco e calça também destoa. O ideal é sempre tentar "contar uma história" escolhendo peças com a mesma estampa, ou de cartela de cores que combinem entre si, e investir nos acessórios complementando a produção!


Lembrando que tudo isso é um resumo da teoria certo?! Na prática talvez nem tudo funcione, e algumas coisas a mais podem aparecer, ou serem propostas de outra maneira, e aí cabe a você a criatividade!

Qualquer coisa comente!

Beijooos