quarta-feira, 24 de julho de 2013

Consumismo

Boa tarde pessoal!

Hoje resolvi fazer um texto mais reflexivo, sobre um tema presente no nosso dia a dia, que se intensifica na moda e desperta diversas opiniões. Mas afinal, quais motivos que nos levam a consumir tanto? Como tudo isso surgiu? Essas e outras perguntas tentarei responder aqui!



Podemos dizer que tudo começou nos EUA pós guerra, quando a economia estava em constante expansão e avanços tecnológicos, a produção foi se aprimorando e buscando custos cada vez mais baixos para produzir em uma quantidade maior, com as pessoas trabalhando o mesmo número de horas. Isso resultou em um aumento significativo dos bens de consumo e as pessoas deveriam consumi-los, era algo incentivado como que culturalmente pelo governo, a fim da nação continuar movendo a economia e o crescimento do país. 

Ao longo dos anos, vários fatores foram estimulando este consumo como:
- Construção de infinitos shoppings e mais atualmente os e-commerce
- Facilidade de pagar mais tarde e parcelar, mesmo que com juros, nos cartões de crédito
- Obsolência planejada, um conceito empregado quando as marcas já lançam um produto com sua data de morte estipulada, ou seja, mesmo que estejam funcionando daqui a um tempo o consumidor vai ser estimulado a adquirir um modelo novo, que atraia por ser um pouco mais rápido e com nova aparência. Veja o iPhone por exemplo, desde que foi lançado já estamos no "5" mas qual a grande diferença entre este último modelo e o primeiro, se não o tamanho do aparelho e algumas poucas melhoras no sistema?
- Publicidade, com aquelas propagandas sedutoras que nos incitam a consumir produtos que muitas vezes nem precisamos, criando um mal estar quando não temos determinado produto e a ideia de que consumir é a única forma de ser feliz

Antigamente, as marcas eram voltadas para a produção de seus produtos investindo somente nisso, hoje o cenário mudou. Concorrentes muitas vezes contratam as mesmas fábricas para produzirem seus produtos a um custo baixíssimo, depois gastam muito em publicidade e marketing com o objetivo de cultivar uma imagem pela qual os consumidores devem identificar sua marca. Traduzindo: por que você compra um iPod e não um tocador de mp3?  É comprar uma moda, um estilo de vida.



Os fatores que incentivam o consumo vão do concreto ao abstrato. Na moda,  podemos dizer que está ligado à integração, isto é, o uso de uma roupa para pertencer a um grupo ou o oposto, a individualização, para se distinguir da massa, criando sua própria identidade. Outro motivo está relacionado a auto-estima, ou seja, quando a pessoa adquire algo para elevar seu ego, aquela velha história de que fazer umas comprinhas sempre levanta o astral.

Falei mais dos EUA, mas nos países em desenvolvimento como o Brasil, a situação não é muito diferente principalmente de uns tempos pra cá, devido a ascensão da classe C e seu poder de compra somado a todos aqueles fatores que encorajam o consumo falados acima, é o novo alvo das marcas. Com todo este ciclo, conseguiram fundir os conceitos de identidade, status e consumo, resumindo: "você é o que você compra".

O grande problema são as consequências ambientais que tudo isso ocasiona... Mas como a lista é grande, vou deixar para um próximo post! Mas por enquanto, que tal começarmos com pequenas atitudes? Comprando somente o necessário, e não o que a mídia nos diz, evitar o desperdício e praticar o compartilhamento de algumas coisas.

Espero que vocês tenham aprendido um pouquinho e possam refletir na hora de ir as compras!

Beijãooo

terça-feira, 16 de julho de 2013

Aqueles espetáculos que você não pode perder...

Boa tarde caros amigos!

Hoje vim contar rapidamente de duas experiências incríveis que puder presenciar nestes últimos meses assistindo dois grandes espetáculos: "O Rei Leão", o famoso musical da Broadway adaptado para o português, e o famoso Cirque du Soleil, que neste ano trouxe o Corteo.

Começando pela clássica animação da Disney
Por que eu devo ir? Bom, porque são poucas suas chances de ver um musical desta magnitude. A história todos já conhecem, mas quando é interpretada por atores de verdade, falando a sua língua e cantando acompanhados de uma verdadeira orquestra, cenários fiéis aos locais originais, e sem falar do figurino... Ah, fantasias de animais que ultrapassam o corpo dos atores, reproduzindo movimentos de maneira muito real. 

Também é uma homenagem a cultura e arte africana, e o enredo traz importantes lições de vida e respeito a natureza. Falando um pouquinho de números, o espetáculo está em seu 16° ano de apresentação, já foi traduzido para 8 idiomas, realizado em 15 países e assistido por mais de 66 milhões de pessoas. As músicas originais são de Elton John e Tim Rice, e aqui foram adaptadas por Gilberto Gil.

Pelo o que entendi, está em cartaz aqui em SP por tempo indeterminado. Os ingressos você pode adquirir na bilheteria oficial (Teatro Renault) onde não paga taxa de conveniência, em algum dos postos de venda da Tickets for Fun ou no site, (em ambos pagando taxa de conveniência).






Continuando com Corteo...

Por que eu devo ir? O Cirque já trouxe 5 espetáculos para o Brasil, e se continua vindo só prova que é um sucesso. No Corteo você terá a chance de ver um mundo mágico em um palco 360° (ou seja, independente do valor do seu ingresso, sua visão não será muito prejudicada!) com uma trupe de artistas que trazem animação na medida certa, interação com a plateia, números surpreendentes seja em acrobacias, ginástica, voando, etc... E tudo isso acompanhado por uma banda com excelentes músicas. Para quem gosta de música, artes, moda, cultura, enfim... é um prato cheio trazendo inspirações, reflexões e provocando suspiros!

"Corteo" significa Cortejo em italiano e inspirado no período entre 1880 e 1920 conta a história de um palhaço, sua morte e funeral, mas ao longo da trama aparecem anjos, amigos e todos se reencontram para matar as saudades. E para quem gosta de figurinos, no Shopping Vila Olímpia estão expostos do Palhaço Branco, Anjinha, a Bela, o Arlequim e o Baterista, até dia 21/07.

Eles vão passar em diversas cidades do país, mas em SP só ficam por mais alguns dias!! Então se você quiser conferir, correee! Vendas na bilheteria oficial - Parque Villa Lobos - site e pontos de venda da Tickets for Fun



Agora deixo vocês com o vídeo teaser... 


Por hoje é só pessoal! Espero que tenham a chance de conferir pelo menos um dos espetáculos =]

Beijos

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Moda nos anos 1940

Boa noite caros leitores!

Aqui estou para contar mais um pouquinho sobre a história da moda, e seguindo de onde parei, hoje é dia da década de 40, mais conhecida pela época da guerra.

Sim meus caros, pra quem já esqueceu das aulas de história em 1940 a Grã Bretanha e França declararam guerra à Alemanha e aos países do eixo. E agora você deve estar pensando: o que isto tem a ver com a moda? Pois então, no ano seguinte foi assinado um tratado que a França deveria fornecer matérias primas para a fabricação do vestuário, sapatos e acessórios do exército, logo adivinha quem ficou com escassez destes materiais na produção? A moda? Bingoo!

Assim, na confecção das roupas eram usados novos materiais como a viscose e o raiom, para substituir a seda e sintéticos feitos a partir do petróleo, como o náilon; jornal e celofane para chapéus; madeira e cortiça nos sapatos; e papel trançado nos cintos. Além disto, também ocorreu uma adaptação para utilizar uma menor quantidade de materiais, ou seja, algumas peças encurtaram seus comprimentos.


Devido à escassez, não havia mais seda para as meias-calças. Então muitas mulheres pintavam as pernas com uma tinta para criar a ilusão de que estavam usando. 



No geral as roupas deveriam ser conservadoras e minimalistas, caso contrário podiam ser consideradas vulgares e impróprias, pois a situação determinava que fossem feitas e compradas para durar. As peças também eram mais utilitárias, uma vez que as mulheres estavam ingressando no mercado de trabalho, muitas acabaram trocando as saias por calças, devido a praticidade.  

Estas saias não eram mais rodadas, e sim justas, assim como a cintura feminina. Na cabeça usavam chapéus com abas largas ou turbantes que aqueciam a cabeça, escondiam os cabelos despenteados das operárias e ainda podiam ser feitos com o mesmo tecido da roupa.




Já nos homens o que pegava era o estilo militar. Para os oficiais americanos o uniforme era feito sob medida, camisa e gravata tom sobre tom, complementando o restante na cor oliva, e como na maior parte do tempo usavam o uniforme os ternos não sofreram grandes alterações, somente a qualidade dos tecidos que foi diminuída, com a lã mista (lã + fibras sintéticas).



Depois de anos neste esquema de racionamento de tecidos e poucas peças, no pós-guerra quando a Europa ainda se recuperava, surgiu Christian Dior e o New Look. Em sua primeira coleção, a maioria dos aspectos eram contrários aqueles do período da guerra, começando pelas saias amplas, que por serem drapeadas ou com pregas utilizavam muito tecido, cerca de 15 a 25 metros, enquanto antes eram confeccionadas com até 68cm. O restante de acessórios, como luvas, chapéus e sapatos também era imprescindível para completar a elegância do traje.

Apesar de alguns criticarem e reprovarem tais atitudes de Dior, voltando com a alta costura ele acabou reerguendo Paris como a capital da moda na época. Sua coleção trazia feminilidade, o que era essencial no pós-guerra, com o tailleur e a cintura vespa, que parecia finíssima devido ao espartilho, além do volume da saia nos quadris, a abundância de detalhes e os acessórios impecáveis. 




Então, esta foi a história de hoje pessoal! Espero que tenham gostado ^^

Beijooooooo