hoje vim discutir com vocês um tema polêmico que virou BAPHO nas últimas semanas: A escravidão nas indústrias de moda!
Primeiramente.. quem percebeu o duplo sentido do título? Na verdade a escravidão está presente em trabalhos relacionados a moda sim, infelizmente.. mais não é algo que está na moda, como as flores pro nosso verão!
Acho que todos aprenderam na escola que há muuuuuuuitos anos atrás a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que libertou os escravos e "acabou com a escravidão". Eu coloquei entre aspas, porque na verdade ainda vivemos mundialmente essa triste realidade. Só que agora, na escravidão moderna, as pessoas são forçadas a fazer alguma atividade sob ameaça com violência na maioria das vezes.
Aprofundando um pouco mais no nosso universo da moda, encontramos trabalho escravo no sul da Ásia e na África, em países pobres, onde confecções são contratadas por empresas famosas de tênis e roupas para fazer suas peças rapidamente e por baixo custo. Nelas, o trabalhador recebe uma quantia X por cada roupa que produz e como esse valor é muito baixo, eles trabalham cerca de 12h (ou mais) por dia, para sobreviver.
Aqui em Sampa a situação é bem parecida, com bolivianos e peruanos em bairros como Brás e Bom Retiro, principais pólos industriais da cidade. E por conta da terceirização das confecções, a marca não assume sua responsabilidade sobre o que acontece lá, principalmente quando a mídia coloca no ar algum caso específico. As mais diversas marcas (± 20) foram denunciadas após o escândalo da Zara, porém os nomes são mantidos em sigilo durante o processo.
E quais são as possíveis soluções para acabar com esse crime?
- O governo deve buscar sempre aprimorar a legislação e também fiscalizar regularmente os locais de trabalho. Novas oportunidades de emprego para essas pessoas também são bem-vindas.
- E aí o Feel a Fio propõe a reflexão pra vocês: O que nós cidadãos podemos fazer contra a escravidão??
Comentem sobre isso, caros leitores!
Beijãao e aproveitem o fds,
Nati D'Angelo.
A primeira Lei Áurea só marcou a data de um novo modelo de escravidão.
ResponderExcluirE não, não acredito que mudar lei ou qualquer outro instrumento, seja ele de análise ou execução, irá mudar essa realidade com eficácia.
Mudar a CULTURA, O PENSAMENTO! É daí que começam as coisas. E ATITUDES, para que se tornem realidade! Pois uma idéia, é simplesmente uma idéia... um substantivo só é só um substantivo e não tem valor prático.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirvocê me deu uma boa resposta.
Concordo que apesar da realidade e preconceitos do nosso país cada um de nós, cidadãos, pode se esforçar para mudar suas atitudes e pensamentos, basta querer!
Porém falando dos responsáveis devemos lembrar que muitas vezes isso não acontece pelo dinheiro envolvido e pela facilidade que encontram nesse tipo de trabalho. Por isso que acredito que a fiscalização e novas oportunidades sejam a única saída.
Obrigada,
Nati.